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quarta-feira, 13 de abril de 2011

PROFESSOR RURAL JOSÉ SIMON e sua OBRA-7

A LOGÍSTICA ou o MATERIAL do
ESTUDANTE da ESCOLA do MANEADOR

No 7º texto, relativo à Escola do Maneador, considera-se a sua logística, as estratégias e as táticas.
Os diversos recursos disponíveis, apesar das limitações econômicas, de comunicação e culturais, a didática e a metodologia, aplicadas atendiam o que Figueira (2007, p.124) preconizava
4ª regra – Não se deve tolher a espontaneidade do aluno: permita-se-lhe que execute o se trabalho com a maior independência possível. A função principal do Mestre é dirigir o aluno de modo que ele possa realizar o seu trabalho com toda independência (Lei de iniciativa e de autonomia ou espontaneidade e liberdade)

Este texto é da Cartilha “Queres Ler?” adotada no 1º ano primário da Escola Rural do Maneador, para a alfabetização dos seus calouros.

O exame de uma mochila - ou PASTA - de um estudante, da escola comunitário municipal do Maneador, fornece um precioso índice dos recursos materiais para dirigir e realizar os trabalhos nesta escola rural.

Foto da Escola Rural de TRÉGVAN – Bretanha -França
Fig. 01 – A CLASSE, LOUSA e TINTEIRO

Os estudantes sentavam, por séries de adiantamentos, em longas classes coletivas de madeira com banco, gaveta e carteira com um furo para o tinteiro de porcelana.
Fig. 02– CLASSES MÙLTOIPLAS dos ESTUDANTES voltadas para a MESA do PROFESSOR
Esta tinta era distribuída só partir da 3ª série. Antes disto todo o trabalho era realizado nas lousas de pedra.
A LOUSA era uma fina lâmina de pedra de ardósia, emoldurada em quadro de madeira. Para escrever nesta ARDÓSIA era como LAPIS um fino cilindro da mesma pedra e que, pelo atrito, sobre a superfície, produzia linhas brancas.
FOTO de MATERIAL DISPONÌVEL em BRIQUE de PASSO FUNDO
Fig. 03 – A LOUSA de PEDRA de ARDÓSIA e o LÁPIS do MESMO MATERIAL
Para produzir as linhas na lousa era usada uma REGUA de madeira formando fino paralelepípedo de c. de 30 cm de faces paralelogramas iguais.
A lousa era material extremamente frágil e quebradiço. Isto provocava quebras frequentes involuntárias, ou voluntárias como forma de inconformismo ou rebeldia. Esta falta de atenção ou rebeldia era corrigida com a aplicação pelos pais, ou pelo professor, com a autorização destes de algumas dolorosas reguadas na palma da mão do traquinas.
Fig. 04 – FÁBRICA de LOUSAS em PORTUGAL em 2001
A escrita e as linhas brancas eram corrigidas e removidas através de um pano seco ou úmido. Para a escrita com letras maiores sobre a lousa também podia ser usado giz escolar.
Fig. 05– ESTUDANTE ESCREVENDO em LOUSA de ARDÓSIA e LÁPIS
A partir da metade do Primário a caligrafia e os exercícios, feitos na lousa, eram transcritos para resmas de papel almaço ou cadernos de escolares. Para esta escrita eram usadas canetas de madeira, com lacre colorido com penas metálicas . Estas penas metálicas eram mergulhadas na tinta escolar líquida

Fig. 06 – FOLHAS de PAPEL ALMAÇO PAUTADAS em RESMAS e GUARDADAS em PASTAS

O CADERNO era em tamanho A5 de linhas simples ou de linhas destinadas à caligrafia. Na 1ae 2aserie o seu preenchimento era feita à lápis depois que o treino era realizado na lousa. Na 3ae 4aeste cadernos era destinado a escrita a tinta com canetas com penas de aço




Fig. 07 – TINTA em LITRO e CANETA com PENA de AÇO .

A tinta vermelha era ara as correções dos texto dos estudante que escreviam com tinta azul

A TINTA azul líquida era adquirida em garrafas de um litro ou eram recebidas regularmente da administração municipal. O professor distribuía esta tinta para os estudantes de 3ª e 4ª série, derramando-a em pequenos vasinhos de porcelana -TINTEIROS - que eram colocados numa fenda circular das carteiras coletivas dos estudantes. Com esta tinta e através de PENAS de AÇO caladas em canetas esmaltadas e coloridas de madeira Os estudantes copiavam textos da lousa ou dos seus cadernos escritos a lápis.
Fig. 08 – MATA-BORRÃO.
Mais usado em escritórios. O estudante de Escola de Maneador usava apenas as suas folhas abserventes. A sua utilidade para secar a tinta da escrita com tinta líquida desapareceu depois da introdução da caneta esferográfica de secagem instantânea
A mão era apoiada em folha de MATABORRÃO. que serviam para secar a tinta e para manter os cadernos isentos do suor e da gorduras da mãos, principalmente após o recreio, quando se lambuzavam com a merenda engraxada.
O LÁPIS preto de grafite precedia o uso da escrita à tinta. Seguia as recomendações da cartilha “Queres Ler?” . “Durante o primeiro e o segundo ano escolar, os alunos escreverão cópia e ditado, usando lápis de grafite, em folhinhas de papel” [ 2007, p.30]. No caso de Escola do Maneador estas folhinhas eram precedidas pelo uso da lousa e lápis de ardósia, apontado no rebolo ou em lixa.
Fig. 09– Mostruário de uma CAIXINHA com LÁPIS COLORIDOS e os DIVERSOS LÁPIS PRETOS ,
PRODUZIDOS no BRASIL por FRITZ JOHANSEN de SÃO PAULO.
O lápis mais usado pelos estudantes era o nº 2.-ESCOLAR de uma série abreviada de 1 até 4, sendo este último o mais duro e contendo. A sua mina continh mais chumbo.
Para o desenho livre era usados LAPIS COLORIDOS, acondicionados em caixinhas de seis. Também serviam para colorir as estampas do livro “Queres Ler?” como esta cartilha recomendava [ 2007, p.13].
Cada ano escolar tinha um livro específico. Assim no 1o ano a cartilha era o tradicional Queres Ler? (ver nota 1)
Fig. 10 – Capa da CARTILHA “QUERS LER?
Porto Alegre ; Ed. Martins fac-símile da 30ª ed], 2007, p.124
O 2o ano incluía um livro de Aritmética. O estudantes do 3o ano portava um livro com textos Estudos do Município de Sarandi junto com História Geografia e Ciências Naturais. A SELETA em PROSA e VERSO (ver nota2) de Alfredo Clemente Pinto ( Ver nota 3) era destinada ao 4o ano e que conclui os estudos nesta escola.

Fig. 11– SELETA em PROSA e VERSO
 Porto Alegre RS: Livraria Selbach,1946

Estes livros chegavam aos estudantes pela mediação do professor junto às autoridades municipais. Estasdoavam ou adquiriam, para posterior revenda. ao preço de custa aos estudantes.


Fig. 12– QUADROS NEGROS SOBRE CAVALETES

Alguns QUADROS NEGROS eram colocados sobre cavaletes em alturas diferenciadas e destinados aos diversos adiantamentos.
BANCOS ESCOLARES. As crianças sentavam, de quatro a cinco num único banco. Estes tinham uma tábua para assento, uma tábua para encosto, uma tábua para a mesa de trabalho coletivo e uma gaveta aberta, sob a mesa, para guardar o material escolar. A partir do 3oano a mesa da carteira era mais alta e tinha lugares fixos para os tinteiros.

QUADROS DIDÁTICOS. As paredes da sala eram ornamentadas pela Bandeira Nacional e cartazes de campanhas educativas. Também pendia uma série de quadros sobre a Natureza e produzidos pela Editora Melhoramentos de São Paulo. Nestes quadros chama a atenção uma série de serpentes e o seu habitat. Esta série advertia sobre este perigo1. A bandeira sul-rio-grandense era proibida no período do Estado Novo.

1- No Maneador, desta época, não há registro com acidentes com ofídios.

Fig. 13– BLUSA BANCA de ESTUDANRE com as INICIAIS de ESCOLA MUNICIPAL E.M e que também podiam serem LIDAS como ESCOLA do MANEADOR

Após a implantação do Estado Novo (1937) desaparecem os traços germânicos da maneira de vestirem as crianças. Com a municipalização os estudante passaram a usar UNIFORMES. Estes consistiam de uma camisa era branca, enquanto eram escuras as calça curta ou saia. O monograma EM (Escola Municipal) era bordado na camisa branca. Cada mãe interpretava à sua maneira este uniforme que não era industrial. Ao longo do Estado Novo realizaram-se tentativas de uniforme militar de caqui para os rapazes.

Todo este trabalho de prever, providenciar, instalar e manter este material eram tarefas exclusivas exclusivas do professor rural. Ele não contava com nenhum bedel ou técnico que o pudessem ajudar nestas tarefas ou socorrer na hora de qualquer imprevisto.

Nesta rápida resenha do material, que o estudante levava para a sua Escola, não poderia faltar aquilo que era, para muitos, a motivação principal de frequentar as aulas. O intervalo único do turno da manhã acontecia das 10h00 até 10h30 minutos. Além do descanso, dos estudos e dos esforços intelectuais, era a “HORA da MERENDA”. Esta merenda era preparada pela mãe ou pelas irmãs maiores da família. Eram produtos coloniais como ovos, fatias de pão de milho com misturas, “rabanada” ou fatias de pão frito em banha e depois era açucarada. Antes do plástico estas merendas era acondicionadas cuidadosamente na mochila do pequeno estudante ou, então, vinha em um volume próprio. Isto não impedia frequentes acidentes quando não os pequenos lambuzavam as mãos com a merenda engraxada ou que derramavam líquidos na própria mochila, pondo todo o material a perder. Porém eram raros os que traziam algum líquido. Sem cantina escolar o seu consumo criava um ritual, no intervalo, antes dos diversos tipos de jogos ou entretenimentos. Era a hora da “troca”, das negociações e do consumo, em geral, diverso daquele que o estudante trazia até a escola. É sabida e notório que para a criança o alimento na casa do vizinho é melhor do que a do próprio lar. Certamente a troca propicia uma riqueza de fontes alimentares que evita e quebra mono cardápio por mais rico que fosse a cozinha familiar.

Na “troca”, da negociação e consumo estava em jogo esta possibilidade de satisfazer esta necessidade da multiplicidade alimentar. De outro lado gerava um micro sistema escolar, tanto para a prática da socialização ampliada, em relação ao clã familiar de origem, além de constituir um primeiro treino no negócio ainda que fosse puro escambo. Não estava em jogo qualquer valor monetário. Evidente que alimentos economicamente baratos eram trocados por alimentos bem mais caros.

A sobra desta merenda atraia os cachorros das redondezas que recolhiam os restos deixados pelos estudantes quando estes retornavam, em fila dupla, para a sua sala de aula.

Resumindo: os meios MATERIAS e LOGÍSTICOS da ESCOLA RURAL do MANEADOR revelam CULTURA IMATERIAL desta INSTITUIÇÃO. Toda esta aparelhagem era necessária devido à falta de meios de comunicação de massa e que condicionam a CULTURA ATUAL. A ausência do telefone, da TV e os poucas aparelhos de rádio se tinha os seus graves inconvenientes ,do outro lado eram formas para uma maior era a socialização e o fortalecimento dos laços da nova geração entre si. Reforçavam institucionalmente os contato com a geração anterior que tinha passado pelos mesmo materiais e técnicas. Mantinham o continuum material da instituição e que se transformaram radicalmente ao receberem meios materiais e tecnologias diferentes.

Certamente as dificuldades no processo do ensino aprendizagem a língua nacional era um objetivo comum para que as crianças do Maneador e Mirim. Preparavam pessoas aptas para circularem em todo território nacional e procurar ampliar os seus horizontes sociais, culturais e econômicos. De mais imediato a escola visava o domínio da leitura, da escrita e o contar e calcular nesta língua nacional. A Escola Rural do Maneador é um projeto encerrado política e materialmente, mas que deixa inúmeros índices simbólicos. Estes índices, apesar de desaparecerem fisicamente encaminham para novas políticas e suportes logísticos mais eficientes e coerentes com o tempo presente. O que permanece inalterado é o pensamento, ou seja, mantém de outra forma e com outros recursos uma civilização humana e adequada ao seu tempo e lugar. O que animava e estruturava esta experiência, coerente com o seu tempo do passado, é realizado por outros recursos materiais.

NOTAS

1 - FIGUEIRA, José Henrique Queres ler? (Tradução e adaptação por GAYER, Alga Acuan e SOUZA, Branca Diva Pereira de). Porto Alegre ; Ed. Martins fac-símile da 30ª ed], 2007, p.124

O livro ¿Quieres leer? foi publicado, em 1892. pelo educador uruguaio José Henríquez Figueira, Ele era Inspetor Escolar desde 1884, sendo sua obra didática reconhecida como propulsora de um método da leitura estruturado sobre bases científicas, verdadeira inovação pedagógica iniciada à época. Como o poeta luso, o educador uruguaio teve que vencer ideias relacionadas ao ensino da leitura que se contrapunham ao seu método no Uruguai. Uma missão da Escola Complementar de Porto Alegre, formada por professores/as e alunas mestras, foi a Montevidéu em 1913, com a incumbência de observar métodos de ensino seguidos nos estabelecimentos de instrução pública da adiantada República vizinha (Trindade, 2001). Olga Acauan e Branca Diva Pereira de Souza estavam entre as alunas-mestras que compunham a missão que adaptariam a obra didática uruguaia de Figueira, Esta foi aprovada pela Comissão de Exame das Obras Pedagógicas em 1924 e indicada por essa Comissão para adoção na Instrução Pública do nosso Estado em 1929, identificado-a como de orientação "analítico-sintética".

VER: TRINDADE, Iole Maria Faviero A PRODUÇÃO DE IDENTIDADES ALFABETIZANDAS SUL-RIO-GRANDENSES NA INTERSECÇÃO DE INFLUÊNCIAS EUROPÉIAS E LATINO-AMERICANAS – Disponível na Internet em

2 PINTO, Alfredo Clemente- SELETA PROSA e VERSO. Porto Alegre RS: Livraria Selbach,  1883-1946 – 316 p. 16cm X 22cm - Capa Dura Gravuras em p&b e 1 gravura em cores, fora do texto

Coleção:  Os Melhores Autores Brasileiros e Portugueses Inclui notas ao pé das páginas.Obra de cunho didático com notas gramaticais e históricas. Português (Brasil) - Didáticos antigos: Literatura. Autores brasileiros e portugueses. Prosa e verso: Contos. Narrações. Parábolas. Lendas. Anedotas. Liras. Canções. Odes. Sonetos. Sátiras. Poesias épicas.


3 - Alfredo Clemente Pinto, N. Porto Alegre/RS, 1854 e F. Correias/RJ, 1938, estudou na Alemanha, para onde foi em 1863, e em Roma, lá diplomando-se em filosofia na Universidade Gregoriana e deixando inconcluso o curso de Teologia. Foi professor de línguas em diversos colégios de Porto Alegre e político, tendo sido deputado à Constituinte Riograndense em 1891. Membro fundador do IHGRGS, autor de vários livros didáticos e tradutor de obras de hidroterapia do Monsenhor Kneipp e de Os Muckers, do padre Schupp. Celebrizou-se com a sua Seleta em Prosa e Verso, que teve numerosas edições e deixou grata lembrança em gerações de gaúchos e brasileiros de outros estados que nela tiveram o primeiro contato com a literatura de língua portuguesa. (Fonte: Ari Martins, Escritores do Rio Grande do Sul, UFRGS/IEL, 1978).

MATERIAL LOGÍSTICO do PRESENTE POST relativo à ESCOLA do MANEADOR

EQUIPAMENTOS ESCOLARES ANTIGOS São Paulo



BRIQUE PASSO FUNDO


FAC-SIMILE e TRANSCRIÇÃO DIGITADA do LIVRO de ATAS das VISITAS dos INSPETORES de ENSINO do MUNICÍPIO de SARANDI à ESCOLA RURAL SÃO JOSE do MANEADOR. Do original deste Livro de ATAS foram preenchidas 14 (quatorze) folhas frente e verso.

IMAGENS do MANEADOR do MANEADOR de DIVERSAS ÈPOCAS. Fotos do arquivo da Família José Simon aos cuidados de Nilza Simon Thums – Não Me Toque – RS


LEI nº 173 de 10.09.1893

http://www.arisp.files.wordpress.com/ ./lei-173-de-10-de-setembro-de-1893.pdf


Artigo nº 37 da Constituição Brasileira de .1988


MATERIAL NUMÉRICO DIGITAL RELATIVO à ESCOLA RURAL

FRANÇA – BRETANHA – TRÉGARVAN - MUSEU da ESCOLA RURAL






ALEMANHA Baviera– Escola técnica agrícola


Vídeo do livro do Dr F. E BILZ edições 1894-1897


ESTADO UNIDOS – Escola alternativa no campo


QUADROS DIDÁTICOS para a ESCOLA PRIMÁRIA FRANCESA



IMAGEM de ESTUDANTE PRIMÀRIO FRANCÊS ESCREVENDO COM CANETA DE PENA de AÇO


MUSEU OLIVIO OTTO - CARAZINHO - RS




MUNICÍPIO de NOVA BOA VISTA

Site de Nova Boas Vista – RS http://novaboavistars.com.br/





CLUBES SOCIAIS e ESPORTTIVOS do RIO GRANDE do SUL e a COPA do MUNDO no BRASIL



MOVIMENTO dos SEM TERRA, posterior a ESCOLA do MANEADOR,na FAZENDA SARANDI


COMENTÀRIO de um VEREADOR de um MUNICÌO ONDE PREVALECE o LATIFÙNDIO no RS


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