A DIÁSPORA dos FILHOS de MATHIAS
ou
A CULTURA da COLONIZAÇÃO ORGANIZADA em MINIFUNDIO é DIFERENTE daquela do LATIFUNDIO.
“As ações para o crescimento da Associação são cada vez mais prementes, sugerindo-se o emprego de recursos tecnológicos como criação urgente de “sites”; encontros mais freqüentes com atividades para os jovens; acesso fácil aos descendentes à árvore genealógica”.
CARTA de PASSO FUNDO,– 2º ENCONTRO CULTURAL dos SIMON
22 de maio de 2004 IIº RAIZES SIMON JORNAL dos SIMON Nº 24 julho de 2004 – p. 3
Ao retomar esta série de artigos trata-se de ser consequente com a Carta do II RAIZES da FAMÍLIA SIMON. Coloca-se como norte, nesta nova série, o III RAIZES a ser realizado, em Passo Fundo-RS, nos dias 28 e 29 de maio de 2011.
Fonte de imagem –Círio SIMON 15.11.2004
Fig 01 – Um dos umbrais da porta principal da Casa Simon na CAPELA ROSÁRIO –em São José do Hortêncio RS
Este artigo está carregado de mais dúvidas do que certezas. A divulgação desta dúvidas busca constituir-se mais em provocação do que uma contribuição com documentos. Os poucos documentos acessíveis encontrados, em relação cada um filhos do casal Mathias e Margarida Simon, geram estas dúvidas. O objetivo único da provocação é “para que os jovens tenham acesso fácil aos descendentes à árvore genealógica” como diz a Carta de Passo Fundo 2004. Impõe-se o esforço para que todos encontrem dados de cada filha ou filho de Mathias e de Margarida e os socializem entre todos os descendentes,. Não se pretende nenhuma competição ou gincana, mas dados em fontes seguras. Esta tarefa torna-se possível por meio dos registros civis religiosos do nascimento, batizado, crisma ou casamento. Os registros de terras e propriedades com certeza são outras fontes. Contudo permanece a ignorância e a provocação com o objetivo de que a nova geração seja mais inteligente e esclarecida, em relação aos seus antepassados, do que o é este escriba.
A figura do casal Mathias e Margarida, patriarca de todos foi estudada em vários ângulos inclusive neste blog e desenvolvido na ótica da sua inserção na história do Estado. Chegou a hora de conferir atenção e o foco sobre os seus descendente diretos e a sua diáspora pelas Américas. Ainda não se possuem as datas mais importantes de cada uma destas filhas e filhos que empreenderam esta dispersão a partir da casa paterna da Capela Rosário de São José do Hortêncio-RS-BR. O foco é o que mostra o gráfico a seguir:
Fig 02 – A 1ª geração dos descendentes de Mathias e Margarida Simon nas Américas e os dados pessoais ainda desconhecidos
Talvez não se encontre o registro daquele momento em que, a filha ou o filho, lança o seu último e derradeiro olhar para porta da casa paterna. Este momento significava que eles começariam a sua própria história familiar. Em geral este momento era marcado pelas festividades de casamentos e que celebrava um dos momentos culminantes para transformar a tristeza, de ambas as partes, em esperança e numa aposta no futuro melhor. Para os patriarcas significava que eles tinham cumprido a contento a sua missão. As fotos destes casamentos são documentos preciosos destas celebrações
Fonte de imagem – GOOGLE EART - 2011
Fig 03 – CAPELA ROSÁRIO – São José do Hortêncio RS
Para os filhos, que empreendiam os seus vôos nupciais, significava dar continuidade ao projeto dos seus pais que haviam deixado tudo do outro lado do oceano, renovar e viver também esta aventura. Esta fidelidade à terra, escolhida pelos seus pais, fazem desta geração uma pedra angular de uma nova civilização. É esta geração que entrou em contato mais amplo com uma outra cultura e encontrou meios para a fidelidade á terra e aos projetos aceito e colocado em prática pelos seus pais.
No contraditório desta felicidade, ainda não temos notícias mais detalhadas daqueles que não puderam fazer este vôo nupcial, como a Helena e a Bárbara. Sabe-se apenas que faleceram em criança, mas sem as circunstâncias e as datas deste desaparecimento precoce
Clique em cima do gráfico para ampliá-lo e poder ler
Fig 04 – As COLÔNIAS "VELHAS".
Outro índice pode ser visto pelo início dos casamentos inter étnicos. Ao percorrer os nomes da árvore genealógica começa-se a percebe nos sobrenome Martini como marido de Rosa Simon e Spaniol como consorte de Mathias Simon. Esta integração será mais ampla já na 2ª geração quando os Vargas a etnia luso-brasileira vem somar-se ao Zannocchi e Pecoruy. Esta integração inter-étnica irá expandir-se num crescendo harmonioso na medida que o tempo passa Fig 05 – A 1ª geração e consortes
Por este índice percebe-se que a diáspora não se limitou à Geografia. Ela prosseguiu também no âmbito étnico e cultural
Pelo lado da cultura há necessidade de examinar o contraste entre aquela dos grandes latifúndios e os minifúndios destinados aos emigrantes europeus.
Fonte de imagem – GOOGLE EART - 2011
Fig 06 – CAPELA ROSÁRIO – São José do Hortêncio RS – A Vila
O contraste entre a cultura dos grandes latifúndios e a cultura dos minifúndios são de largo espectros. São tão amplos que os indivíduos movem-se neles sem perceberem, muitas vezes, as suas nuances e assim são absorvidos subliminarmente por um e outro .
A cultura do minifúndio é limitada e pessoal como são as parcas terras demarcadas por seus estreitos e rígidos limites. As parcas terras eram calculadas para o sustento de um grupo como aquele da família média Mathias Simon. O crescimento desta prole inviabiliza a expansão deste grupo familiar no interior deste limite. Na Europa a expansão do contingente que sobrava neste crescimento formava o exército dos PROLETÁRIOS (prole dada) e que se destinada à crescente industrialização que acumulava gente, insumos e capitais em espaços geográficos cada vez menores. O Brasil, na época de Mathias, não tinha saída industrial para esta prole proveniente dos núcleos familiares do minifúndio. A solução era a DIÁSPORA no imenso e inexplorado território nacional. Esta prole carregava a cultura nas suas mentalidades íntegra, reproduzindo as técnicas e os princípios dos modos produtivos que a lógica do MINIFUNDIO impunha. Entre os descendentes da Mathias e Margarida este autor não conhece descendentes que optaram - ou lhes foi facultado - o acesso ao latifúndio e à produção extensiva.
Enquanto esta cultura do minifúndio alcançava os seus primeiros êxitos no Brasil, a cultura do latifúndio prosseguiu na sua trajetória de feudo e com administração pensada em regime militar com patrão provedor das necessidades básicas dos herdeiros, da mão de obra e dos associados pela defesa de interesses recíprocos. Esta cultura do latifúndio veio se cristalizar simbolicamente e consagrar-se nos CTG’s e MTG espalhados pelo mundo todo.
Fonte de imagem – GOOGLE EART – 2011
Fig 07 – CAPELA ROSÁRIO – São José do Hortêncio RS – a capela
Enquanto isto a cultura do minifúndio necessita tirar o máximo do mínimo da terra. O passo seguinte deste minifúndio foi agregar valores a este produto da terra limitada. O moinho colonial foi, no caso de Mathias e a sua família, a forma de agregar este valor. Apesar disto, no horizonte pairava o potencial da industrialização e a urbanização intensiva.
Como esta industrialização e a urbanização era apenas potencial a primeira geração dos filhos de Mathias e de Margarida desviou-se deste horizonte. Ela foi buscar novas terras para reproduzir a experiência dos seus pais. Este processo gerou um movimento que povoou o interior brasileiro e sul-americano em fronteiras agrícolas. Deste processo se conhece ainda pouco. Não se atingiu ainda o ócio criativo para poder cultivar a memória desta epopéia que pode ser comparada à conquista do Oeste Norte-Americano. .O escritor Vianna Moog comparou a aventura dos bandeirantes que precederam cronologicamente os pioneiros norte-americanos. Restaria a comparação entre as levas de imigrantes sul-americanos que se lançaram sincronicamente com pioneiros norte-americanos na fixação e civilização destas terras conquistadas pelos bandeirantes
Pelo que se viu neste artigo Mathias Simon procurou ampliar, ao máximo, a sua residência e diversificar as suas atividades pré-industrias e comerciais para manter os seus na cultura do minifúndio. Contudo a sua prole resolveu imitar os seus passos de pioneiro, buscar novas terras para repetir o êxito do pai em outros rumos neste imenso continente americano.
Impõe-se agir, documentar e registrar estes passos no rumo desta nova civilização. E nada melhor do que contemplar e registrar um fractal deste largo processo na figura de uma família. O núcleo original da familiar de Mathias e Margarida necessita destes esforços dos seus atuais descendentes. Esforço para fornecer à nova geração mais luzes confiáveis e seguras do caminho que deverão percorrer em outros tempos e lugares. Contudo providos da cultura que comprovou dar certo no núcleo de origem mas com evidente necessidade de atualização e alargamento.
Esta é a segunda versão deste post.
O jornalista Camilo Simon o percorreu a 1ª versão, lançada no dia 02.03.2011, e percebeu faltas graves de informações diante do acervo logística que a Família Simon dispõe, a começar pelo seu Jornal dos SIMON. Assim abriu, com toda a solicitude e atenção, o detalhado ARQUIVO de PEDRO EMANUEL SIMON (1888-1966). Assim puderam ser sanadas várias falhas. Contudo as pesquisas e as buscas são infinitas diante de riqueza da vida dos descendentes e afins de Mathias Simon.
Nos dias atuais seria humanamente impossível reunir, em relação à família de MATHIAS SIMON nas Américas, o que este professor, dentista e pesquisador genealógico, havia recolhido. Para oferecer apenas uma amostra, do que afirma aqui, ilustra-se com a imagem de uma das numerosas fichas com dados recolhidos em diversas fontes e épocas.
Fonte de imagem – Arquivo PEDRO EMANUEL SIMON
Fig 08 – Uma das fichas do Arquivo do Prof Pedro Emanuel SIMON
Na ótica da inserção da FAMILIA MATHIAS SIMON e DESCENDENTES na história do Estado, da Nação e do Continente, há necessidade urgente a maior atenção possível em relação a esta parte logística dos arquivos e documentos que se irá remeter para geração seguinte. Giorgio Vasari (1511-1574), o primeiro historiador de Renascimento Italiano, pode realiza a sua obra monumental a partir dos documentos que as FAMÍLIAS dos artistas haviam guardado. Chegou a hora de conferir atenção e o foco sobre os seus descendente atuais na sua diáspora pelas Américas.
Os descendente diretos de Mathias mantiveram ao redor de um certo núcleo e num época de muita vida para o interior da Família. Hoje, além da enorme dispersão geográfica, os interesses, as informações externas á Família e os naturais ruídos são muito mais fortes e agressivos do que aqueles que chegavam à Capela Rosário.
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FONTES
Genealogia de Mathias Simon Jornal dos Simon - Porto Alegre : Associação da Família Simon e Afins. Ano II, nº 3, fevereiro de 1979 pp. 3 até 5
Arquivo Pedro Emanuel Simon aos cuidados de Camilo Simon – consultado pelo autor no dia 15.03.2011
Família WERLANG com os filhos de Matias SIMON
Família WERLANG com informações relativas a João (Johannes ) SIMON casado com Maria Werlang
http://www.editorawerlang.com.br/werlangVIa.asp
1. Maria Werlang, cat., * São José do Hortêncio, †...; oo São José do Hortêncio 1846 Johannes Simon, cat., * Hermeskeil 11.12.1824, † Santa Catarina da Feliz 4.7.1900. Filho de Mathias Simon e de Margarethe Würz.
1. Maria Werlang, cat., * São José do Hortêncio, †...; oo São José do Hortêncio 1846 Johannes Simon, cat., * Hermeskeil 11.12.1824, † Santa Catarina da Feliz 4.7.1900. Filho de Mathias Simon e de Margarethe Würz.
Família KERBER
VIANNA MOOG, Clodomir (1906-1988) Bandeirantes e Pioneiros: paralelo entre duas culturas (11ª ed.) Porto Alegre : Globo, 1974, 320 p
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Sou descendente de MATHIAS SIMON Jr. e MARGARIDA SPANIOL,bisneto da filha do casal (HELENA casada com FREDERICO RAUBER), que foi mãe de meu avô ALOYSIO RAUBER.
ResponderExcluirQuero deixar, meu agradecimento especial, pois é sempre bom ao resgatar um pouco a história de uma família, se deparar com um Blog tão bem elaborado.