A CAMPANHA da RÚSSIA de 1812
*NO CAMINHO de VOLTA*
Fig. 01 – O estado maior de exército russo ouve os conselhos do marechal de
campo Príncipe Mikhail KUTUZOV
(1745-1813). Este tevera diversos confrontos com os exércitos napoleônicos, como
aquele desastre da Baralha de Austerlitz. Com o inimigo instalado em Moscou
este guerreiro confiava na energia renovada dos membros do seu estado maior.
Ele sabia que por trás de cada um deles estavam porções significativas do povo
russo. Este era o legítimo poder originário da nação que procurava recompor a
legítima soberania violada pela agressão da Grande Armada napoleônica.
As promessas de Napoleão Bonaparte de Moscou como uma cidade
paradisíaca, cheia de tesouros e um perfeito abrigo para passar o inverno de
1812 para 1813, se desvaneceram como um sonho de verão. As miragens dos
tesouros, das honras e da segurança já se dissolveram no dia da chegada, no
final verão europeu de 1812. Restava a cada nacionalidade a única alternativa
do caminho de volta para a sua origem. Era a parte mais difícil e não planejada
por Napoleão. O retorno era uma
temeridade infinita. Sem recursos, meios
e entregues aos inimigos cada dia mais audazes e vingativos da brutal agressão.
A debandada dos exércitos, envoltos nos piores
trabalhos, o frio e a neve, deu-se antes dos Finados. Com as linhas logísticas
estraçalhadas, com a moral aniquilada, a hierarquia em caos total e com a ordem
militar sem a menor sentido e lógica racional.
Fig. 02 – O isolado, possessivo Napoleão Bonaparte (1769-1821)entregue a um
trabalho noturno e obsessivo no qual tomava decisões. As suas decisões pessoais
e individuais eram irrecorríveis e impostas ao seu estado maior para o bem e
para mal. No seu isolamento representava o grande e Individual EU romântico que
tudo avalia, delibera e decide por si mesmo. Caminhava assim para chamar sobre si
mesmo a CULPA de TUDO. Diante destas
decisões pessoais e individuais desaparece qualquer sanção moral, da parte de
quem as executa. A multidão obedece ao líder isolado, por mais gritantes e evidentes
sejam os desvios daquilo que lhes impõe. Da parte dos seus subordinados ele se
ergue como um responsável por tudo e a multidão possui alguém sobre o qual pode
jogar a responsabilidade de deliberar e decidir. Estes desvios são atribuídos e
jogados sobre as costas do seu chefe, governo nominal e formal. A campanha da
Rússia pode ser remetida assim para Napoleão Bonaparte como “CULPADO de TUDO”
apesar dos lucros monstruosos embolsados pelos cinzentos e escondidos mediadores,
atravessadores e aqueles que o tutelavam para representar as ordens deste líder
isolado e possessivo.
A penosa retirada até sair das terras russas, pela
antiga estrada de Moscou, durou dois meses. Com os dias cada vez mais curtas e
as noites mais geladas e acima do paralelo 55 os sacrifícios, as perdas e os
esforços se elevavam numa espiral estonteante e desesperadora. Foram perdas de
vidas e dos poucos bens, dos troféus de guerra e dos tesouros raptados dos
russos que juncaram as margens deste caminho errante.
Fig. 03 – O percurso entre a Prússia e Moscou, de aproximadamente 350 Km, não é
muito grande e nem apresenta relevos acidentados, se feito na linha próxima dos
divisores de águas das diversas bacias hidrográfica. Porém a massa de pessoas, o volume do
material logístico necessário e os meios de transporte acabaram por
transformá-lo num cenário dantesco. A tudo isto é necessário admitir que o
transporte era ainda semelhante aos exércitos da antiguidade, além de realizar esta
operação acima do paralelo 55 e na entrada do rigoroso inverno russo.
Continua-se com segundo a
narrativa do CORREIO BRAZILENSE, de Nº 058, do mês de março de
1813, das páginas 365 até 370. Conserva-se a grafia original.
A
retirada dos Francezes se pôde dividir em tres
tempos ou períodos, que, apezar de uma progressão de males, que lhes he
commum, naõ tira que cada uma dellas tenha um character particular; a primeira
acaba em Krasnoi. O resultado que ella offerece da parte do inimigo, foi de
40.000 prisioneiros, entre os quaes ha 27 generaes, perto de 500 peças tomadas,
31 bandeiras, e um saque considerável ; este grande exercito, até aqui taõ
formidável, derretido repentinamente, estava reduzido a cousa de 30.000 homens,
dos quaes apenas 10.000 estavam em estado de levar armas: 25 peças era o que
restava da artilheria; quanto á cavallaria havia muito tempo que naõ se
tractava ja delia.
Pelo
contrario, o exercito Russiano, apresentava outro espectaculo ; elle contava
mais de 70.000 homens bem dispostos, entre os quaes 16.000 eram de cavallaria,
e 600 peças d'arlilheria, que os acompanhavam.
Fig. 04 – O encontro de Napoleão Bonaparte com os cossacos pode ser
visto pela lado de liberdade e autodeterminação destes guerreiros e que beirava
à anarquia. Esta divisão interna dos cossacos ainda esteve presente na um
século depois n Revolução Russa de 1917 quando uma facção destes guerreiros
apoiou os exércitos brancos e a outra o exército vermelho. Porém na medida em
que perceberam as decisões pessoais e individuais de Napoleão e as reais
intenções dos invasores voltaram as suas ações guerreiras contra ele unindo-se
ao povo russo.
Entretanto
que este dilúvio de males annihilava o exercito do inimigo, e que a vergonha de
uma fugida taõ ignominiosa dillacerava de dôr e desesperaçaõ o coração do
verdadeiro soldado, os bulletins Francezes conservavam sempre a mesma
serenidade, e jactancia, elles affectavam fallar dos acontecimentos com uma
maravilhosa segurança: citavam cartas datadas de 8 de Moscow (ainda que esta
cidade tivesse sido evacuada aos 6) segundo as quaes, Napoleaõ tranquillo, e
satisfeito occupava sempre aquella capital com suas guardas. E estas mesmas
cartas publicavam, que alguns corpos destacados, depois de pequena resistencia
se tinham apoderado de Twer, de Toula, e de Kalouga. Quanto á batalha de
Tarontina, elles annunciam, que o rey de Napoles tinha dado aos Russianos uma vigorosa liçaõ; que o ataque da
cavallaria Franceza, tinha sido
um dos mais brilhantes ; a respeito desta liçaõ o temível rey de Napoles sabe, a naõ poder duvidar, quem a
deo, e quem a recebeo.
Fig. 05 – Os cossacos em ação no inverno russo. Conhecedores da terra e das
condições climáticas e usando a habilidade dos guerreiros das estepes,
tornaram-se o terror dos aparentemente hierarquizados e disciplinados exércitos
invasores. Bastava o grito de um deles
para desestabilizar a ordem militar. As cenas de terror, que praticavam aos
olhos de todos, primavam pelos atos de
barbárie contra os mais fracos e indefesos que caíssem sobre as patas dos seus
cavalos e das suas armas brancas típicas da cavalaria.
E
relativamente ao famoso ataque de cavallaria, elles tiveram a modéstia de
convir em que os Cossacos tinham (da maneira mais desleal he verdade) passado
sobre os corpos dos couraceiros, e dragoens Francezes: em fim, quando foi
preciso tocar no artigo da famosa retirada, todos os amigos dos Francezes
tiveram o prazer de saber, pelo bulletim 25, que Napoleaõ ia fazer tomar o seu
exercito quartéis d'inverno (que os tinha mui bem merecido) passando por
Smolensko : que os Russianos naõ se attreviam a expor-se a atacar seriamente a
sua marcha, a qual se executava na melhor ordem e disposição; que tinha tudo em
abundância, e que era singularmente favorecido pela estação, que o Imperador
tinha empregado tanta abilidade e superioridade em combinar este movimento, que
naõ tinha por fim senaõ os quartéis d'inverno, que se podia olhar como uma
operação que dava a offensiva contra Petersburgo; porque Smolensko vindo assim
a ser um novo centro de actividade, estava um pouco menos distante da nova
capital do que da antiga. Jamais nenhum bulletim ultrajou a verdade com tanta
impudeucia, jamais as palavras de alguma língua tinham sido deshonradas por um
abuso taõ provocador. A mais horrível confusão recebia o nome de boa ordem, a
mais ferrifica desesperaçaõ, o de serenidade, e bom acordo; os infelices
moribundos, nas agonias de fome, representados na abundância; e a
resplandecente vingança do ceo annunciada como bençaõ: 10.000 victimas da fome
e do frio, interpretavam de maneira bem differente o favor celeste taõ
audazmente blasphemado. Os soldados Francezes, apezar do seu deplorável estado
naõ poderiam deixar de rir, se vissem que a sua infeliz fugida, éra
transformada em um movimento que ameaçava Petersburg. A única expressão, que
podia ser confessada pela verdade, éra talvez o nome de quartéis d'inverno bem merecidos; porque os flagellos, que
tinham cahido ao mesmo tempo sobre
o exercito eram ésta recompensa de todas as atrocidades, que elle tinha commettido.
Fig. 06 – Uma reunião de cossacos ditando uma carta a ser envidada ao sultão
otomano. Evidente que um ato coletivo e consensual de um grupo desta natureza
seria tomado como um ato de insubordinação pelo isolado, possessivo Napoleão
Bonaparte de decisões pessoais e
individuais irrecorríveis. Em 1812 as ações práticas destes bandos pendiam cada
vez mais para o lado da nação russa e com uma cultura milenar consolidada em
relação aos clãs e aos hábitos nômades herdados dos primitivos eslavos.
O
segundo periodo da retirada começa
em Krasnoi, e e acaba em Beresina : elle comprehende um espaço de 26 milhas (182 wersts[1])
e parece ao principio, que offerece ao exercito Francez, um aspecto menos
horroroso ; porque primeiramente elle esperava, alem do Dnieper, a sua reunião
com os corpos de Victor, de Dombrousky, e restos do de Oudinot, o que compunha
por tudo 30.000 homens ; em segundo lugar esta perseguição, cuja actividade ele
tinha experimentado, parecia entibiar-se pela acçaõ de 6 como Marechal Ney : cm
terceiro lugar, tinha chegado á linha de seus armazéns, e num paiz que devia
contar como entregue a seus interesses: em quarto lugar, o rigor do tempo tinha
adoçado um pouco ; porem todas estas vantagens e consolaçoens se desvaneceram
com a noticia de que o almirante Tschifshagoff tinha chegado a Minsk, para
receber o exercito Francez nas margens do Beresina, e que o conde Wittgenstein,
reforçado pelo general Steinhill, se aproximava igualmente de Tschaschnikoff,
para combinar as suas operaçoens com o exercito da Moldavia. Os movimentos
destes exércitos, reunidos abriram ao inimigo uma nova carreira de perigos, dos
quaes, o menor éra a repettiçaõ da precedente jornada de Krasnoi. Napoleaõ
comprehendeo entaõ todos os embaraços de sua posiçaõ, e vio que lhe naõ restava
outro meio senaõ precipitar a sua marcha para o Beresina: chegando a Orcha,
achou os deputados do governo de Mohilcf, que se tinham ajunctado para receber
as suas ordens.
Jean-Louis-Enest
MEISSONIER 1815-1891 - Dragão a cavalo
Fig. 07 – Dragão da cavalaria francesa. O animal além de montaria servia ao
exército como força no transporte e mobilidade logística de armas cada vez mais
pesados e complexos. Para esta mobilidade cada vez mais acelerada a força
bovina era impensável além deum rebanho para fornecer a carne como alimentação
humana. Esta carne porém era cada vez mais proveniente do charque.
O
Imperador ordinariamente zeloso desta sorte de homenagens, remetteo os
deputados a seus postos sem se dignar recebêl-los; porque naó ignorava, que
sempre he necessário impor a gente desta espécie ; e que um rasgo taõ modesto como aquelle, que elle offerecia a
seus olhos, náo podia deixar de produzir o peior effeito ; elle tinha também
suas razoens particulares, para naõ fazer um espectaclulo do seu exercito ;
porque este mesmo exercito, que tendia por um movimento activo e lateral, para
Petersburgo, tinha perdido um pouco de sua apparencia, e que o frio tinha
obrigado a uma parte delle a mascarar-se em vestidos dos padres, e outra em
roupa de mulheres, o que tudo juncto se naõ parecia demasiado ao uniforme
militar de guerreiros taõ affamados.
Logo que Napoleaõ concentrou ao redor de si os reforços de que acabamos de
fallar, enviou os Polacos para a esquerda em Borisoff; que o General Tschitchagoff
já occupava; e pôz o corpo de Victor na direita opposto ao do General
Wittgenstein, debaixo da protecçaõ destes destacamentos chegou, aos 13, com o
resto de seu exercito ás margens do Beresina, fez lançar uma ponte ao rio, era
Tembin, 15 wersts acima de Borisoff, e passou o rio sem perca de tempo. Os
horrores desta passagem seraõ sempre presentes á memória do soldado Francez.
Durou dous dias.
SUCHODOLSKY
January 1795-1875 - Atravessando o Berezina - pintura a óleo 1866
Fig. 08 – Ficou na memoria de todos os sobreviventes da Grande Armada a dramática
passagem do relativamente estreito riu Berenzina realizada ente os dias 25 e 26
de novembro de1812. Sob o ataque
continuado, a metralha e o bombardeio de
dois exércitos russos convergentes para este ponto, instalou-se o caos, o
desespero e salve-se quem puder. Tudo que ra pesado e encômodo teve de ser
abandonado ao inimigo mesmo o que viesse fazer falta do outro lado. O rio
estava semicongelado, coberto de banquisas de neve que eram armadilhas mortais
para os temerários.
Fig.
09 – Uma prensa tipográfica portátil era
um dos equipamentos essenciais de qualquer exército são as ordens do dia e
boletins militares. Com a era contemporâneas passaram a serem redigidos nos códigos
e versões militares e depois impressos e
amplamente divulgados. Ao longo da
retirada do Exército Napoleônico de Moscou circulou o boletim impresso
nº 25. Com a crescente alfabetização e a preparação dos oficiais em academias
específicas certamente não se imaginava nenhum oficial analfabeto e que não
soubesse ler estes impressos para os seus subordinados.
He
sem duvida um systema de politica habilmente organizada, o que chega a occultar
ao publico o conhecimento dos acontecimentos que mais lhe interessam ; os
Francezes que tem hoje em dia levado esta arte ao mais alto gráo de perfeição,
a souberam á sua custa nesta circumstancia.
Fig.
10 – Os tipos móveis montados em quadro
para o seu uso uma prensa tipográfica portátil era uma das armas mais poderosas
para as versões e a propaganda militar cada vez mais usada para difundir,
unificar mentalidades e ações planejadas pelo comandante e o seu estado maior. Um
meio que foi usada ampla e
intensivamente ao longo da Revolução Francesa onde um grande números dos seus
lideres possuía um jornal ao estilo dos blogs, sites e outros recursos
numéricos digitais contemporâneos.
Por
toda a parte aonde se achavam entaõ as tropas, ellas ignoravam os multiplicados
revezes do exercito. Wilna, que veio a ser o centro das novas provincias
confederadas, e a sede da Administração Franceza, gozava de uma
superintendência particular, e foi por muito tempo conservada em uma absoluta
ignorância do que se passava em sua vizinhança; o publico realmente acreditava
nas mentiras do Bulletin 25. Ficaram espantados, he verdade, quando se soube
que o exercito de Moldavia se tinha appossado de Minsk, e se dirigia ao
Borisoff. No entanto os
espíritos recobraram assas de seu primeiro socego, sabendo pela gazeta de
Wilna, que a marcha do exercito Russiano, quadrava perfeitamente com o plano de
Napoleaõ, e que éra precisamente por este movimento que ele corria á sua ruina.
Mas os correios do exercito naõ chegavam, a agitação e a inquietação se
manifestavam de novo.
Fig.
11 – O GENERAL INVERNO mostra todo o seu
esplendor em Smolenks uma das regiões palmilhadas pelo Grande Armada na sua
retirada de Moscou. Os soldados que se havia lançado nesta aventura no início
do Virão do hemisfério norte não tinha abrigos, aquecimento ou alimentação para
suportar o frio, o gelo e o torpor físico provocado por estas circunstâncias
climáticas.
Depois
de ficar por 12 mortaes dias sem algumas noticias, o duque de Bassano enviou um
moço Polaco a quem se diz que fizera disfarçar em vestido de mulher, para saber
alguma cousa do exercito: apparecêo cinco dias depois, e referio (com grande
júbilo dos Francezes) a novidade, que logo depois se espalhou nas gazetas, de
que tinha achado o Imperador em Beresina, no melhor humor do mundo, e ao ponto
de marchar contra o Almirante Tschitschagoff, que tinha dado uma cabeçada,
caindo no laço que lhe tinham armado ; e por fim que o Imperador naõ tinha
consigo senaÕ- a metade de seu exercito ; porque quanto á outra elle a tinha
deixado em Smolensko; porque naÕ necessitava della : alguns dias depois chegou
o grande homem em pessoa, e a sua viagem clandestina deo ampla carreira a todos
os commentarios, a que davam naturalmente lugar estas estranhas novidades.
CRUIKSHANG Isaac 1756-1811 Os Amigos do Povo - gravura
15.11.1792
Fig.
12 – Ao abrigo dos rigores do tempo e
dos perigos físicos os FABRICANTES, os FINANCIADORES e os VENDEDORES de armas
auto tutelados os AMIGOS do POVO foram os que lucraram dos dois lados desta e
de todas as guerras industriais que se travaram na História Contemporânea
mundial. Este capital estimulava, pagava e reproduzia os tristes efeitos das
suas próprias armas e estimulava o seu uso para todos os males de uma época na
qual a indústria das armas tornou-se prioridade para as nações colonialistas
que as usava estas armas contra os indefesos nativos ou lhe fornecia, a preço
módico, armas obsoletas.
CORREIO BRAZILENSE Nº 058 – março de
1813 pp 365 - 370
A CAMPANHA
da RÚSSIA
OS COSSACOS
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cossacos
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